Reseña del libro "Re-Cantos de Viv'alma (en Portugués)"
Re-cantos de viv'alma é uma obra eminentemente poética. O poeta evoca nádia, a mulher que amou na noite de arraial da sua cidade em festa. Falara-lhe ela de Mozart. Com visível entusiasmo. Com verdadeira emoção. Eram tempos de guerra, a cidade de nádia lutava contra a cidade do poeta. Depois dessa festa, e em que, milagrosamente, puderam conviver e amar-se, despedem-se para regressarem à guerra. Mais tarde, o poeta recebe uma confidência de nádia. Conta-lhe ela como, como enfermeira ao serviço da sua cidade, amou intensamente, na cama do hospital, um ferido de guerra, e como ele, no clímax desse momento de amor, exalou a vida e continuou ela a sentir o latejar do corpo dele dentro do dela. E diz nádia ao poeta, a quem trata por meu amor, que está à espera de um filho, resultado desse instante único de amor. Despede-se do poeta e diz-lhe que vai embora, criar aquele filho longe das cidades em guerra.Apanha então um avião. E, quando a nave já está a perder-se de vista, um súbito clarão, ...acendia-se no céu uma flor imensa, a mais deslumbrante e comovente paisagem colorida. Uma explosão e nádia ejetada para paragens infinitamente distantes? Ou a luz esplêndida do nascimento do filho de nádia? Ou a paz definitivamente atingida? Ou o encontro definitivo de nádia com Mozart, o primeiro amor de nádia? Porque o Mozart de quem falava não era o Amadeus Mozart da música até às lágrimas que o poeta conhecia. Nesta incerteza fica o poeta, enquanto relê as últimas palavras de nádia em que ela lhe diz faz-me fazer parte das tuas mitologias, para definitivamente se silenciar, Oh, meu amor, meu amor da guerra, meu amor da guerra e da noite mansamente iluminada!A evocação destes tempos, dos diálogos havidos, das misteriosas palavras de nádia, tudo vem à superfície, à memória, e é revivido intensamente pelo poeta em momentos intercalados na história e na tentativa de compreender a enigmática personalidade de nádia.